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A questão dos números

14.01.2012

Invariavelmente, em qualquer diálogo sobre a animação vocacional surge a questão dos números dos vocacionados. Afinal, houve aumento no número das vocações? Temos mais religiosos(as), padres, lideranças, animadores? Em todos os setores sociais e eclesiais a linguagem dos números impressiona e angustia. 
Há na Bíblia uma riqueza e simbologia imensa sobre os números, como os 144 mil do Apocalipse, os cinco mil do milagre da multiplicação dos pães, os 12 apóstolos, os 72 discípulos, as 12 tribos, os 10 mandamentos, entre outros. No âmbito das vocações não é diferente. Anualmente o Vaticano apresenta o número de padres, religiosos(as), seminaristas. Aqui no Brasil também o Centro de Estatísticas Religiosas faz seu balanço e indica os resultados sobre pessoas e instituições. As dioceses e comunidades se perguntam sobre seus números, poucos ministros ordenados, poucos animadores pastorais, comunidades religiosas. As Congregações e Institutos calculam a desproporção entre as obras e serviços com o número de pessoas disponíveis e estruturas existentes, pressionados que são pela demanda da evangelização. As próprias comunidades cristãs labutam diariamente para ter mais animadores, participando e ajudando nos serviços e nas pastorais. E durante o Ano Vocacional os animadores e equipes vocacionais foram interrogados sobre os resultados alcançados e o número de vocacionados(as). 
Qual a nossa atitude diante desta realidade e quais os critérios para avaliá-la? Antes de tudo, faz-se necessário ler e considerar tudo com os olhos da fé e da esperança. Os números fazem parte da realidade, não podemos cair simplesmente na ilusória dicotomia entre quantidade e qualidade. A compaixão pela multidão abandonada faz-nos suplicar e agir, para que tenhamos mais trabalhadores na messe. É um dos critérios bíblicos. A nossa missão é a evangelização, o anúncio do Reino. O batismo nos impele e compromete, nos envia. É o critério teológico. Daí a profundidade e atualidade da teologia da vocação e da missão.Somos Igreja a serviço do mundo, comunidade dos chamados e enviados, na pluralidade de carismas, ministérios, serviços. É o critério eclesiológico. A responsabilidade e o compromisso são de todos, não apenas de alguns ou das equipes. Faz-se necessário investir, planejar, organizar, ser mediação da ação do Espírito que sopra, inspira, envia. É o critério pastoral. Enfim, não deveria importar tanto e apenas quanto somos, mas que o Reino se realize, o evangelho seja anunciado e testemunhado, a vida humana seja afirmada, e que cada homem e mulher viva, em comunidade e como Igreja, a plenitude em Deus. Que a vida seja mais plena, mais santa, mas perfeita, como vosso Pai.

Fonte: Revista Rogate de animação vocacional, Ano XXII - nº 215 - Setembro de 2003, p. 01


Pe. Angelo Ademir Mezzari, RCJ